Estados de sítio e alma.

11.06.2009

Um

Já lá vai um ano. Um ano de faltas marcadas na minha caderneta de emoções. E hoje decidiram festejar a tua partida. Não sei porquê.
Essas crenças duvidosas que só nos fazem pensar naquilo que deveria-mos evitar ou, pelo menos, pensar de outra forma.
Continuo a sentir a tua falta, como à um ano atrás. Estás cada vez mais ausente. Já não participas da mesma forma.
Recordo-te nas fotografias e naquele detalhe especial que conseguiste deixar em todos nós. O teu humor, a tua maior herança. A tua força de viver, a tua alegria, a tua paciência de pescador, a tua gargalhada de hora e meia. Gostava de voltar a ter essa hora e meia, ou nem que fosse só meia-hora. Todo o teu tempo é válido e eu preciso mais desse tempo. Preciso mais do tempo em que fazia-mos castelos na areia, em que me fazias cócegas de doer a barriga, das tuas caretas e das tuas conversas com o sapato.
Espero que estejas bem. O teu sorriso está sempre comigo, e a tua força.
Um dia ainda havemos de nos encontrar...


(para o Avô II, 1.11.2008)

2 comentários:

  1. És especial baba...mesmo! Tenho a certeza que o teu Avô está orgulhoso de quem tu és e naquilo que ainda te vais tornar:) Um grande Beijinho

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  2. "A vida é a infância da nossa imortalidade"

    Decidi verificar este teu espaço bábá,por mera curiosidade e percebi o que era o teu blogue finalmente!
    Sinceramente fiquei...vá,"sentido" de uma forma muito própria com este teu desabafo,enfim,adversidades incontrolaveis!

    bjo...

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