Estados de sítio e alma.

9.29.2011

A distância é uma coisa relativa, pode-se interpretar assim. Mas não sei até que ponto é que essa relatividade é justa a partir do momento em que há uma grande distância entre mim e o meu pensamento.
Entre o querer e o não querer, fazer e não fazer, ir e não ir.
Porque estou sempre com duelos comigo mesma e, sinceramente, nunca sei quem ganha a batalha. Se sou eu, ou a outra parte de mim que ainda não descobri a 100% quem é.
Estou a divagar um bocado, mas isto tudo faz sentido na minha cabeça.

Deveria ter mais um tempinho para mim. Porque ainda não tive tempo de analisar a minha vida desde que saí da faculdade. E essa era mesmo a altura em que devia ter um intervalo: colocar uma barreira entre o que foi e o que vai passar a ser. E isso não existiu - nem intervalo, nem análise, nem nada.

9.13.2011

Ausência II

Ontem tive a jantar com a Avó lá a casa, ela não fez nenhum comentário, mas os seus olhos conseguem dizer muito mais do que se alguma vez a sua boca falasse.
E eu sei também que ela gosta destes miminhos e destas atenções. Mesmo que vá lá só para fazer uma torrada para mim ou ler uma revista e ir-me embora.
Mas ontem fiz um esforço tão grande - e ela também - para não me cair uma lágrima, que a qualquer momento podia me ter caído o coração.
É ainda muito dificil falar em ti. E não sei mais quanto tempo é que isto vai durar e isso aborrece-me. Aborrece-me porque eu sei que preferias que não fosse assim e eu também.
No outro dia tive a fazer as contas e já lá vão quase três anos. Três anos de tentativas e ensaios para me habituar à tua ausência. Três anos de tentativas falhadas de chegar a tua casa e ainda não tentar fazer jogos psicológicos como se pudesses aparecer, como se estivesses no quintal a regar as plantas ou simplesmente como se estivesses a ressonar no sofá.
Sinto falta de muita coisa e hoje especialmente, como já disse, não me apetecia voltar.
Não me apetecia voltar, pelo menos por agora e mais um bocadinho.
Às vezes tenho estes sentimentos egoístas que não consigo controlar. Mas se esse controlo fosse possível, era tudo muito mais fácil - era só dizer Já Volto! e tudo continuava igual, tal como tinha deixado.
Se isso realmente fosse possível candidatava-me sem exitar a Directora Mundial da Embaixada do Amor Sem Fronteiras. E a primeira acção que fazia era investir em Amor para toda a gente, tipo abono de família - mas a sério. 

9.01.2011

Se eu pudesse...

desistia de tudo agora.


Em Português, Atitude.

“The longer I live, the more I realize the impact of attitude on life. Attitude, to me, is more important than facts. It is more important than the past, the education, the money, than circumstances, than failure, than successes, than what other people think or say or do. It is more important than appearance, giftedness or skill. It will make or break a company... a church... a home. The remarkable thing is we have a choice everyday regarding the attitude we will embrace for that day. We cannot change our past... we cannot change the fact that people will act in a certain way. We cannot change the inevitable. The only thing we can do is play on the one string we have, and that is our attitude. I am convinced that life is 10% what happens to me and 90% of how I react to it. And so it is with you... we are in charge of our Attitudes.” 
Charles R. Swindoll